Capela de São Lourenço


Em 1627, a Capela de São Lourenço dos Índios registrou seu primeiro batismo, autorizado pelo Prelado Administrador do Rio de Janeiro, Mateus da Costa Aboim. Em 1769, foi construída uma nova capela mais sólida, de pedra e cal, substituindo a anterior, feita com paredes de taipa e coberta de palha como as ocas dos índios. Media 90 palmos de comprimento por 30 palmos de largura. Em seu adro, outrora cemitério dos índios, representou-se, em 1686, o "Auto de São Lourenço", de José de Anchieta, ensaiado pelo Padre Manuel de Couto. Foi, sem dúvida, a primeira manifestação teatral registrada no Brasil. Embora humilde e no alto de um morro, a Igreja de São Lourenço dos Índios foi elevada à categoria de matriz. A igreja foi totalmente restaurada em 2000/2001. Somente o piso de lajota de barro cozido está desgastado pelo passar dos fiéis de tantas gerações. O retábulo do altar-mor foi considerado por Lúcio Costa um padrão de arte jesuítica. Apesar das reformas sofridas, em virtude da fragilidade da construção e em função do tempo decorrido, a Igreja de São Lourenço dos Índios, hoje tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, é a única relíquia no gênero, lembrando a sesmaria de Araribóia, o ventre, a matriz de onde surgiuNiterói. Em 1933, a igreja foi entregue pelo Bispado à Prefeitura e, em 1939, incorporado ao patrimônio Municipal como Monumento Histórico da Fundação de Niterói. Suas reformas maiores foram realizadas nos anos de 1840, 1869 e 1933 e 2000, todas respeitando, o quanto possível, as linhas arquitetônicas originais, entretanto, a última foi além de uma reforma, ela foi totalmente restaurada e a cidade recebeu como presente no seu aniversário de 428 anos (22 de novembro de 2001) esse belo exemplar da arquitetura jesuíta totalmente recuperado. Pairando sobre todas as controvérsias, a Igreja de São Lourenço dos Índios é a mais antiga igreja da Cidade de Niterói

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