Em entrevista, ela comentou sobre a repercussão do
casamento de Daniela Mercury com uma mulher, sua popularidade e a nova
parceria com o músico Edu Krieger, que propôs a mistura no novo
trabalho. "O eletrônico não parece tão quadrado com a percussão
misturada. Formam uma boa dupla. Achei a ideia do Edu ótima. Modernizar
de alguma maneira, tentar fazer algo diferente, isso alimenta a
carreira. Esse é um disco do groove", explica.
A
influência mais eletrônica também está no dia-a-dia. Ana batizou o disco
pensando nas redes sociais. "#AC", com a hashtag característica do
Twitter, reflete o vício da cantora com a internet. "Fico conectada não
sei quantas horas por dia, almoço com o computador na minha frente, vou
para o estúdio, canto com o laptop. Não escrevo com caneta e papel há um
bom tempo. Estou completamente vitimizada pela internet", diz, aos
risos.
Da vida moderna, adaptou as agruras de um
relacionamento na música "iPhone". "Os benefícios e os probleminhas que o
iPhone traz, não é? Essa coisa da pessoa que liga, você não atende e
ele retorna bloqueado só para você atender. As mensagens que pulam na
tela e todo mundo na mesa vê", brinca.
As canções
"Un Sueño Bajo El Agua", com participação de italiana Chiara Chivello, e
"Leveza da Valsa", com Guinga, contrapõem o clima eletrônico do disco
com, como ela mesma descreve, "harmonias sofisticadas". Ambas foram
lançadas antes do disco ficar pronto e ganharam clipes dirigidos pela
própria cantora. Nos futuros shows, no entanto, elas também podem cair
na pista: "Estou pensando em fazer um show só com DJ. Uma balada
rítmica", comenta.
Os tempos podem ser modernos,
mas Ana ainda goza de uma popularidade que a acompanha desde o finzinho
da década de 90. O disco, liberado para streaming no iTunes, na
terça-feira (28), já tem duas canções nos folhetins globais "Amor à
Vida" (com o novo single "Combustível") e "Flor do Caribe" ("Luz
Acesa").
"Me considero uma cantora popular. Até
por estar na novela, que é um publico grande. Se existe uma coisa que
mantém a música popular brasileira sendo ouvida, é a telenovela. Você
não tem exatamente um programa musical na TV. Sua música toca 10
segundos na novela e tem milhões de pessoas ouvindo. É um absurdo",
avalia.
“Não gosto dessa coisa de levantar bandeira”Desde
que foi capa da revista "Veja", em 2005, com os dizeres gritantes "Sou
Bi e Daí?", Ana passou a ser, involuntariamente, uma musa inspiradora
para muitos fãs – gays ou não .
À esteira do
casamento gay de Daniela Mercury, ela elogia a colega, mas se mantém
contrária ao mesmo pensamento que teve na época: levantar bandeira "é um
preconceito ao contrário".
"Não gosto disso.
Fica essa coisa de 'nós gays contra os heteros'. Isso é preconceito ao
contrário. Acho legal a Daniela estar casada e a postura que ela teve,
influencia aquela pessoa babaca, ignorante, que gosta da Daniela. Ele
pensa: 'Talvez eu esteja errado'. Fico um pouco assim com as pessoas que
levantam bandeirinha, mas fica puta se o filho for gay. Não precisa
levantar bandeira. É só agir de maneira honesta e respeitosa", explica.
Ana
prefere também não comentar as declarações polêmicas do presidente da
Comissão de Direitos Humanos, o pastor Marco Feliciano. "Esse cara não
merece que eu fale sobre ele. Mas, de alguma forma, ele ajudou a
levantar a discussão".
Sobre a influência sobre as fãs – que gritam por Ana, show após show -, ela culpa sua música, mas não perde a chance: "Imagina se eu fosse gostosa tipo Juliana Paes?", gargalha.
Sobre a influência sobre as fãs – que gritam por Ana, show após show -, ela culpa sua música, mas não perde a chance: "Imagina se eu fosse gostosa tipo Juliana Paes?", gargalha.
fonte: UOL
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