Mais de 5 mil pessoas irão participar de testes para vacina contra o HIV

Primeira etapa já garantiu que vacina era segura para testes em humanos. Estudo em grande escala será feito a partir de novembro.



Foto: Batanga

Vírus HIV: vacina irá para fase de testes em larga escala.

Pesquisadores começarão os testes em larga escala para uma vacina do HIV na África do Sul ainda neste ano. Resultados promissores para o combate à doença foram apresentados nesta terça-feira (19) na 21ª conferência internacional sobre a Aids.

Na primeira fase do estudo, chamado HVTN100, um total de 252 pessoas participaram do teste durante 18 meses, na África do Sul. Todos os participantes tinham um risco muito baixo de contrair o HIV. O objetivo desta fase era garantir que a vacina era segura.

O sistema imunológico reagiu bem à vacina. "Queríamos determinar se esta vacina era segura (...) e suportável" para os pacientes, explicou Kathy Mngadi, pesquisadora do projeto, na conferência que está sendo realizada em Durban, na África do Sul.

O ensaio se baseou em resultados de 2009, quando uma vacina experimental reduziu em um terço os riscos de contaminação do vírus da Aids na Tailândia.

Essa vacina experimental "nos deu esperança, mas também revelou tudo que ainda tínhamos que aprender", afirmou a codiretora do ensaio HVTN100, Fatima Laher.

Para a segunda fase do ensaio, que será iniciada em novembro, os cientistas vão recrutar 5.400 homens e mulheres sul-africanos de alto risco, de entre 18 e 25 anos. Desta vez, será medida a eficácia da vacina.

"Esperamos ter resultados dentro de cinco anos", disse Glenda Gray, diretora do programa HVTN Africa.

Cerca de 2,5 milhões de pessoas ainda são infectadas todos os anos no mundo com o HIV, o vírus que causa a Aids, um número que permaneceu relativamente constante na última década, segundo um estudo publicado na terça-feira na revista médica The Lancet.

Na última conferência internacional sobre a Aids, realizada em Durban em 2000, as vacinas quase não foram mencionadas, lembrou Larry Corey, da Rede de ensaios de vacinas contra o HIV. "É muito gratificante ver os progressos científicos", afirmou.




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