Apenas um Garoto em Nova York [Resenha do Filme]

Thomas Webb (Callum Turner) é um jovem adulto que se recusa a viver dos privilégios que seus pais, donos de uma importante editora da cidade, têm a oferecer. Para se mostrar mais independente e contrário aos desejos de sua família, o rapaz decide morar em um apartamento simples nos subúrbios de Nova York. Apesar de tentar, vai ser difícil para ele manter distância e não interferir no relacionamento de seus pais.

Thomas está passando por momentos conturbados em sua vida: não sabe que carreira seguir e a cobrança do pai Ethan (Pierre Brosnan) que assuma à editora da família o deixa apreensivo, ele ainda tem de lidar com sua paixão não-correspondida pela melhor amiga, Mimi (Kiersey Clemons). Apesar de fazer o possível para manter uma certa distância da vida de socialites dos pais, ele é obrigado a participar de certas comemorações sociais em função de sua mãe, Judith (Cynthia Nixon), que se encontra em constantes crises de depressão e o preocupa.


A vida do rapaz começa a mudar quando um vizinho muito excêntrico (Jeff Bridges) se muda para o apartamento ao lado, a sagacidade do senhor de meia-idade e seus conselhos fazem com que os dois criem laços rapidamente. Paralelamente a isso, Thomas descobre que seu pai está tendo um caso com Johanna (Kate Beckinsale) e que pretende se separar de sua mãe para ficar com a amante. Prevendo o desgaste e o possível colapso da mãe, Thomas decide intervir e fazer com que a moça se afaste de sua família. As histórias ocultas dessa família trarão à tona muitos segredos que o rapaz nem imagina.


Apenas um Garoto em Nova York conseguiu me surpreender positivamente, apesar da narrativa parada e até mesmo um tanto bucólica, todo o drama encoberto a princípio de romance me fez ficar preso à história tentando encaixar os possíveis desfechos para todos os  personagens envolvidos. Em determinados momentos, parecia que estava lendo um livro com a voz do narrador sobressaindo às cenas com sua onipresença. E isso faz todo sentido pro contexto do filme.




A trilha sonora acompanha essa essência mais intimista e combina com a fotografia do filme - que se não falassem que era em Nova York, acho que não adivinharia-, é uma outra perspectiva da big apple que eu não me recordo de ter visto em outros filmes… Sem toda aquela agitação, confusão de luzes, eletrônicos e barulhos, o sépia predominando o cinza. Definitivamente não é um filme que agradará a todos. As personagens não são aprofundadas e apesar de Thomas ser a ligação com as demais, fiquei com a sensação que algumas relações poderiam ter sido melhor desenvolvidas, para não tornar o desfecho tão superficial.

No geral foi uma experiência muito boa e que acaba gerando algumas reflexões ao espectador. Quem gosta de se aventurar por outras águas pode se surpreender com filme!



Trailer:




Um comentário

Unknown disse...

Considero que todos os aspectos do filme estiveram muitos cuidados. Adorei a participação de Jeff Bridge, é um ator multifacetado, seu papel é muito divertido e interessante. O vi também em Homens de Coragem, é muito bom. Gostei muito de Homens de Coragem não conhecia a história e realmente gostei. A história é impactante, sempre falei que a realidade supera a ficção, acho que é um dos melhores filmes de drama. Super recomendo. É impossível não se deixar levar pelo ritmo da historia, o elenco fez possível a empatia com os seus personagens em cada uma das situações.