O uso contínuo de protetor solar e cuidados com a pele também são recomendados para preservar a firmeza e a definição corporal a longo prazo
O Brasil lidera o ranking mundial de cirurgias plásticas, com mais de 3 milhões de procedimentos estéticos realizados em 2023, sendo 2 milhões com intervenção cirúrgica, segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS). E entre as técnicas que mais ganham espaço está o chamado “mommy makeover”, protocolo que reúne diferentes cirurgias no mesmo tempo operatório para mulheres que passaram pela maternidade.
De acordo com o cirurgião plástico Christian Ferreira, CEO da Lumivie Clinique e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), a gestação transforma o corpo de forma intensa e, por isso, muitas pacientes relatam não se reconhecer mais no espelho após o parto. “O mommy makeover surge como uma alternativa segura para ajudar essas mulheres a resgatarem a autoestima e o bem-estar emocional”, afirma.
Perfil das pacientes
Mulheres de 30 a 45 anos, de classe média e alta, compõem a maioria das interessadas pelo mommy makeover. Essa faixa etária coincide com o período reprodutivo e pós-amamentação, quando as alterações no corpo são mais perceptíveis. O estado de São Paulo lidera a realização de cirurgias plásticas no país, seguido pelo Rio de Janeiro.
Segundo a ISAPS, 70% das cirurgias plásticas realizadas no Brasil têm como público mulheres. Procedimentos no abdômen, como abdominoplastia, e nas mamas, como mastopexia e colocação de próteses, estão entre os mais procurados nessa faixa etária. “O mommy makeover não tem um formato fechado. É um protocolo construído a partir da análise clínica e das necessidades individuais de cada paciente. Algumas precisam apenas de uma mastopexia com prótese. Outras, de correção da diástase abdominal e definição da cintura”, explica Ferreira.
O custo médio de um mommy makeover no Brasil varia entre R$ 60 mil a R$ 150 mil, dependendo da complexidade e do local onde será realizado. Esse valor, na maioria das vezes, inclui honorários médicos, equipe assistente, anestesia e internação hospitalar. No entanto, despesas adicionais, como malhas compressivas, medicamentos e drenagem linfática, costumam ser cobradas à parte.
“A paciente deve sempre solicitar um orçamento detalhado, entender o que está incluso e discutir com o cirurgião todas as etapas do processo. A transparência é essencial para evitar frustrações e garantir segurança”, orienta o médico.
A escolha do profissional responsável é decisiva para o sucesso da cirurgia. Ferreira recomenda verificar se o médico possui registro ativo na SBCP e experiência comprovada em cirurgias combinadas. “O paciente precisa se sentir acolhido e seguro durante todo o processo. Essa confiança é construída desde a primeira consulta, com um planejamento ético e realista”, diz.
Cuidados antes e depois da cirurgia
O sucesso do mommy makeover também depende da adesão rigorosa aos cuidados no pré e pós-operatório. A preparação começa semanas antes da intervenção. Segundo Ferreira, é fundamental que a paciente esteja com o peso estabilizado, evite o consumo de cigarro e álcool e suspenda, com orientação médica, o uso de medicamentos que possam interferir na coagulação.
“O ideal é que a paciente esteja em boas condições físicas, com exames laboratoriais atualizados e sem doenças infecciosas ou descompensadas. A estabilidade emocional também é importante, porque o processo de recuperação envolve paciência e autocuidado”, pontua o cirurgião.
No pós-operatório, o uso de malhas compressivas, a drenagem linfática e o repouso adequado fazem parte das recomendações. Movimentações leves são incentivadas, enquanto exercícios mais intensos devem ser evitados por, no mínimo, 30 dias. “A paciente deve manter acompanhamento próximo nas primeiras semanas. Qualquer sinal de dor intensa, febre, inchaço anormal ou secreções deve ser comunicado imediatamente ao médico”, alerta Ferreira.
Medicamentos e riscos
Durante a recuperação, é comum o uso de analgésicos, anti-inflamatórios e, em alguns casos, antibióticos. Por isso, é necessário informar ao médico todos os medicamentos em uso, inclusive suplementos e fitoterápicos. “Uma boa preparação envolve não só os exames laboratoriais, mas também a honestidade no relato clínico. Só assim conseguimos minimizar riscos e oferecer um pós-operatório tranquilo”, explica Ferreira.
Embora complicações sejam raras em pacientes saudáveis, o cirurgião reforça que o procedimento exige cautela. “Não se trata de um pacote estético. É uma cirurgia com um planejamento técnico rigoroso. Estabilizar o peso, cessar o tabagismo e realizar todos os exames pré-operatórios são etapas indispensáveis”, afirma.
A recomendação é que a mulher aguarde entre 6 a 12 meses após o parto ou o fim da amamentação antes de considerar o mommy makeover. “Esse período é necessário para o corpo se recuperar da gestação, para que tenhamos melhores condições cirúrgicas e maior previsibilidade nos resultados”, conclui.
Após a recuperação, manter os resultados do mommy makeover exige disciplina. A adoção de uma rotina com alimentação equilibrada, exercícios regulares e acompanhamento médico são fundamentais para evitar o ganho de peso e a flacidez. “A cirurgia não substitui um estilo de vida saudável. A paciente deve entender que a durabilidade do resultado está diretamente ligada às escolhas diárias, desde a hidratação até a constância nos treinos e no controle do peso corporal”, orienta Ferreira. O uso contínuo de protetor solar e cuidados com a pele também são recomendados para preservar a firmeza e a definição corporal a longo prazo.
Sobre Christian Ferreira
Ele é médico cirurgião plástico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da Brazilian Association of Plastic Surgeons (BAPS). É especialista em cirurgias de contorno corporal, como Lipo HD 360, mommy makeover e cirurgias mamárias com cicatriz reduzida. Atua como CEO e fundador da Lumivie Clinique, clínica de cirurgia plástica e estética localizada em Pelotas (RS), bem como em Balneário Camboriú e São Paulo. Também lidera a franquia Vascularte, rede voltada a tratamentos de varizes 100% ambulatoriais e sem cirurgia, atualmente com três unidades no Brasil e plano de expansão para novas cidades em 2025. Além da prática médica, é idealizador da mentoria LMV Club, focada em formação de médicos empresários nas áreas de liderança, gestão e estratégias de vendas.
Para mais informações, visite o Instagram.
Sobre a Vascularte
A Vascularte é uma franquia especializada em tratamentos de varizes 100% ambulatoriais e minimamente invasivos, que alia tecnologia, precisão médica e acolhimento. Fundada pelos médicos Dra. Camila Kill e Dr. Christian Ferreira, a marca tem como foco o cuidado integral da saúde venosa, oferecendo soluções eficazes e personalizadas para cada paciente. Com três unidades em operação no Brasil e expansão prevista para 2025, a Vascularte se destaca pelo atendimento humanizado, diagnóstico preciso e uso de técnicas modernas como o endolaser, que dispensam a necessidade de cirurgia convencional.
Para mais informações, visite o Instagram.
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